Degradação de Metformina Proveniente de fármacos utilizando processo de oxidação avançada

Resumo

A Metformina é um medicamento amplamente utilizado no tratamento de diabetes tipo 2 em todo o mundo, além de seu uso ser observado em algumas estratégias de combate à obesidade, problema latente na atualidade, em virtude de um efeito colateral do medicamento. No entanto, identificou-se que a Metformina não é metabolizada pelo organismo, sendo 100% excretada sem alterações, como consequência, esse fármaco é facilmente detectado em estações de tratamento de água. Durante o processo de cloração, a Metformina pode originar subprodutos tóxicos, dos quais, embora grande parte seja retida durante o tratamento, uma fração ainda é encontrada na água potável destinada ao consumo. Quando ingeridos em altas concentrações, esses subprodutos podem causar impactos significativos à saúde da população. Diante dessa problemática, foram realizados testes utilizando os seguintes agentes oxidantes: H2O2 e CuO(II), aplicados em duas proporções de concentração: 1:1 e 1:2 (mg.L^-1) (Metformina:Catalizador), a fim de avaliar sua capacidade de degradar o composto a partir do processo de oxidação avançada. Além disso, foi feito um experimento com uma solução estoque de Cl2, o qual comprovou a formação de subproduto. Nos experimentos verificou-se que o reagente H2O2, na proporção de 1:2, 5 mg.L^-1 de Metformina e 10 mg.L^-1 de peróxido apresentou melhor eficiência na decomposição do composto, enquanto o CuO(II), nas duas proporções, apresentou resultados similares a reação apenas com exposição UV-C.