Remoção de contaminantes emergentes em água usando carvões ativados de PET

Autores

  • Maria Eduarda S. E. Torres Departamento de Química - Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Autor
  • Estella G. da Mota Departamento de Química - Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Autor
  • Nina Inês P. M. de Resende Departamento de Química - Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Autor
  • Luiz Carlos A. de Oliveira Departamento de Química - Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Autor
  • Cinthia de C. Oliveira Departamento de Química - Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Autor

Palavras-chave:

Carvão ativado, PET, Poluentes emergentes, Tratamento de efluentes

Resumo

Um carvão ativado (CA) com elevada área superficial específica (1599 m2 g-1) foi obtido por meio de ativação química de resíduos de PET. Esse carvão foi submetido a um tratamento com H2O2(aq) 35% (v/v) a fim de gerar grupos superficiais oxidantes, resultando em um novo material, o carvão tratado (CAP). O CAP apresentou área superficial específica de 1379 m2 g-1 e volume mesoporoso de 1,5 cm3 g-1. A análise elementar apresentou um ligeiro aumento no teor de oxigênio para CAP. Os testes catalíticos foram realizados com os poluentes emergentes azul de metileno (AM), paracetamol (PRC), bisfenol A (BPA) e cafeína (CFN). A avaliação catalítica modelo com AM indicou uma elevada eficiência de remoção, obtendo uma quantidade removida de 702 mgAM g-1CA e 730 mgAM g-1CAP. Ao adicionar peróxido de hidrogênio livre, a eficiência de remoção aumentou consideravelmente, atingindo os valores de 1555 mgAM g-1CA e 1695 mgAM g-1CAP. Este comportamento foi repetido em todos os testes realizados com os demais poluentes. CA apresentou a melhor eficiência para CFN, alcançando remoções de até 99%, enquanto CAP foi mais eficiente para PRC, obtendo uma quantidade removida de 518 mgPRC g-1.

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Publicado

03-11-2025

Edição

Seção

Síntese e caracterização de catalisadores e adsorventes