Imobilização   de   lacase  de  Myceliophthora  thermophila em MOF Ce-UiO-66 e utilização na remoção de corante

Autores

  • Igor M. da Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Autor
  • João Victor V. da Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Autor https://orcid.org/0000-0003-2570-0081
  • Gabrielle A.R. da Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Autor
  • Erika de Q. Eugenio Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Autor
  • Marta A. P. Langone Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Autor https://orcid.org/0000-0002-5489-9571

Palavras-chave:

Lacase, MOF, corante, imobilização

Resumo

A degradação de corantes têxteis utilizando lacases surge como uma alternativa atraente para a mitigação da poluição dos corpos hídricos, um problema significativo causado pela indústria têxtil. O objetivo deste trabalho foi utilizar a lacase comercial livre de Myceliophthora thermophilae imobilizada em MOF-Ce-UiO-66 para remoção do corante alaranjado de metila. A enzima livre apresentou remoção máxima de 35% do corante, a 50 °C, empregando 2,5% (v/v) da lacase. A imobilização da lacase foi feita por adsorção física e obteve-se eficiência de 100%. O biocatalisador imobilizado foi utilizado na remoção do alaranjado de metila, alcançando cerca de 83% de remoção após 1,5 h. Apesar da alta remoção com o derivado imobilizado, o mesmo efeito foi observado com o suporte puro, indicando que a adsorção física do corante pelo MOF foi o principal fator para sua remoção.

Biografia do Autor

  • Igor M. da Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

    Igor Menezes da Silva é graduando do 8º período de Licenciatura em Química
    pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com atuação em projetos de
    iniciação científica e estágios na área de Biotecnologia Enzimática. Atualmente é
    bolsista de Estágio Interno Complementar (EIC) no Laboratório de Tecnologia
    Enzimática (LTE) pelo Instituto de Química da UERJ. Possui experiência em técnicas
    laboratoriais como espectrofotometria, titulação automática e uso de unidades
    catalíticas, com ênfase em pesquisas voltadas para a degradação de corantes têxteis e
    síntese de biodiesel. Também participou do Programa Institucional de Bolsas de
    Iniciação à Docência (PIBID), desenvolvendo atividades pedagógicas em escolas
    públicas. É autor e apresentador de trabalhos acadêmicos em eventos científicos da área
    de Química.

  • João Victor V. da Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

    Possui graduação de Licenciatura em Química pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2022). Envolveu-se no projeto de Síntese de Ésteres utilizando Catalisadores Heterogêneos a partir da obtenção de biocatalisadores de enzimas lipases comerciais imobilizadas em suportes de sílica-alumina. Obteve título de mestre no Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGQ-UERJ) com a investigação de caracterizações físico-químicas de materiais à base de Redes Metalorgânicas do arquétipo UiO-66, ou Metal-Organic Frameworks (MOF), com dióxido de Titânio e a investigação desses fotocatalisadores na remoção de poluentes. Atualmente é aluno de doutorado no PPGQ-UERJ. Tem experiência na área de Química e Engenharia Química, com ênfase em Química Inorgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: Química de Materiais, Física de Materiais, Química Inorgânica, Compósitos Fotoativos e Redes Metalorgânicas.  

  • Erika de Q. Eugenio, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
    Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2012), mestrado em Engenharia Química pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2016) e doutorado em Engenharia de Processos Quimicos e Bioquimícos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2023). Atualmente é professora adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Projetos de Processos da Indústria Química e em Bioprocessos, atuando principalmente nos seguintes temas: simulação de processos químicos e bioquímicos; tecnologia enzimática aplicadas na despolimerização do PET e tratamento de efluentes

     

  • Marta A. P. Langone, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

    Marta Antunes Pereira Langone é graduada em Licenciatura em Química pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) (1989) e em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (1989). Possui mestrado em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992) e doutorado em Engenharia Química pela COPPE/UFRJ (1998). Atualmente é  Professora Titular do Instituto de Química da UERJ, onde atua como docente desde 1996, e Professora Titular  aposentada do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Implantou e coordena o Laboratório de Tecnologia Enzimática/UERJ, desde 2000, e atua como membro do corpo docente  do Programa de Pós-graduação em Engenharia Química da UERJ (PPG-EQ/UERJ), desde 2004.  Tem experiência na área de Bioprocessos, com ênfase em Tecnologia Enzimática, atuando principalmente nos seguintes temas: biocatálise em meio microaquoso, produção de biocombustíveis, síntese de biopolímeros, despolimerização enzimática de PET, tratamento enzimático de efluentes e tecnologia enzimática aplicada à exploração off-shore.

Referências

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Publicado

03-11-2025

Edição

Seção

Biocatálise e catálise homogênea